sábado, 15 de novembro de 2008

depois da tempestade

líria porto

minha mãe a grande árvore
guardou-me entre folhagens
protegeu-me do mau tempo
cresci dentro dum invólucro
sem conhecer chuva e vento

um dia caiu um raio
derrubou folhas e galhos
abalou tronco e raiz
ainda assim me agarrei
à sombra imaginária

de mamãe herdei o verde
tatuado no espírito

*

Um comentário:

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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