domingo, 21 de junho de 2009

(publicado no livro olho nu - ed. patuá) elas

líria porto

a vida é a puta
que em mim se esfrega
e espera que eu resista
às suas curvas

a vida é a santa
que me recusa
e assim me arrasta
para suas pernas

a morte é mulher
sem intenções escusas

*

4 comentários:

Francisco Sobreira disse...

Muito bom o poema. A analogia entre a puta e a santa é bem sacada, como sacados são os versos finais. Um abraço.

Úrsula Avner disse...

Muito criativo Líria. Quanto ao convite para o lançamento do seu livro, terei o maior prazer em comparecer e te conhecer pessoalmente. Já anotei na agenda a data e horário do evento. Bjs com carinho.

BAR DO BARDO disse...

li sua fiquissação no balaio, legal!

agora o seu prostíbulo santificado.

líria, como você entende suas intimidades, hein?!

beijo.

Cosmunicando disse...

elas todas

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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