domingo, 18 de outubro de 2009

longe

líria porto

quanto mais batia a clara
quanto mais batia a gema
quanto mais crescia o ovo
tanto mais eu me lembrava
de como gostas de bolo

coloquei manteiga açúcar
misturava com a colher
eu ficava com saudade
deu vontade de te ver
de voar onde estivesses

o fermento a farinha
o leite o sentimento
a essência do teu jeito
o gosto bom do teu beijo
eu te queria por perto

esqueci de um detalhe
olha só que distração
ao invés de assar o bolo
congelei foi a saudade
a lágrima a distância

o choro

*

2 comentários:

Paola Caumo disse...

Delícia de bolo poético, apesar das lágrimas.
beijão
Paola

Wilson Torres Nanini disse...

Lendo esse poema, dificilmente acreditaria que matemática não tem música. Abraços!

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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