terça-feira, 29 de dezembro de 2009

(des)entendimentos

líria porto

a chuva encharca o brejo
sapos coaxam por cima
corações germinam faz séculos
desfaço-me entre os seixos
espaço há o das mágoas
bem no âmago das pedras

palavras não têm chave
silêncio é sinal de término
e o tempo se acelera
em dias que nos amassam
:
estou a sentir-me velha

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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