quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

(publicado em cadela prateada - ed. penalux) - ócio

líria porto

quão bom é dormir
numa cama à toa

igual a canoa
a alisar o rio

a nos transportar
para a outra margem

a sentir no dorso
o frescor da brisa

o corpo do amado
o sopro do cio

*

6 comentários:

Unknown disse...

Ócio e cio, oh cio. Belo, belo.

p.S. O 1001 poemas chega hoje a postagem 100. Queria agradecer tuas visitas e a companhia da travessia. Beijo.

Unknown disse...

Um encanto esse poema!

Sentir no dorso o frescor da brisa, o corpo do amado o sopro do ó cio!

Maravilha de estrutura poética!

Só cabe à Líria mesmo!

Beijos

Mirse

Anônimo disse...

"o sopro do cio" é lindo" :D
parabéns pelos textos, deste seu recente fã

~Lobo das Estepes

Anônimo disse...

"entir no dorso o frescor da brisa"
gostei muito.

adoro a palavra "dorso", já a usei em alguns textos meus [e muitas vezes me refiro às minhas costas como "lobo", como lobo que sou]. dosto dessas sensações/expressões animalescas, vindas do mais íntimno de nós.

quanto à minha visita, agradece à Leonor, que nos sugeriu o teu blog

http://presente-imovel.blogspot.com/2010/01/aviso.html

nina rizzi disse...

ai, que ó-cio eu aqui...

BAR DO BARDO disse...

gostei do barquinho

dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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