sábado, 26 de maio de 2012

samaritana

líria porto

o forasteiro chegou
chorava como criança
tirei-lhe as botas
o chapéu
puxou-me então para a cama
chamou-me por outro nome
consolei-lhe a viuvez

quando adormeceu
abri a sua carteira
peguei o que me devia
deixei o motel

parti para outro programa – desta feita
uma mulher

*

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dedicatória

nus descampados (im)puros
fiamos o plenilúnio

(líria porto)



*















quem tem pena de passarinho
é passarinho

(líria porto)

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